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Na luta: O jovem não tem medo do mercado de trabalho


Novos horizontes estão sendo traçados pelos jovens que acabam de sair do forno universitário. A perspectiva de crescimento e formação da carreira dentro de uma empresa ou no setor público está cada vez mais fora dos planos desses recém-formados.

A juventude entendeu que, para ter trabalho, a melhor alternativa é criá-lo, desenvolvendo o próprio negócio podendo, assim, inovar e gerar novas vagas. Isso resulta em movimentação econômica, refletindo diretamente na recuperação da economia do País como um todo.

A recém-formada em Produção e Multimídia pela Universidade Santa Cecília, Giovanna Napoli, está dentro dessa onda empreendedora. “A sensação de ‘o que devo fazer agora?’ quando a faculdade chegou ao fim e as dúvidas sobre se deveria partir direto para a procura de um emprego ou ir em busca de mais estudos, me assolaram durante esse período”, revela a jovem.

Ela aponta que, no ano passado, após o fim da faculdade, ela teve a ideia, juntamente com seu namorado, de dar vida a um estúdio multimídia online, onde pudesse oferecer serviços de design gráfico e audiovisual. Em abril de 2018 nascia o estúdio Alo.

Entretanto, outros fatores são fundamentais para o advento desses jovens empresários, que motivados pelo inconformismo com a realidade atual do mercado e a vontade de causar impacto na sociedade, buscam saídas para crescer por conta própria.

Como a psicóloga Bettina Vostoupal, que se formou em 2017, pela Universidade Federal de São Paulo e, apesar de ter trabalho durante quatro meses na área clínica, está há um mês “tocando” o próprio negócio. “Geralmente, psicólogos recém-formados optam por sublocar salas por hora, porém eu vi que não valia a pena pela quantidade de pessoas que me procuraram pra atendimento, então decidi abrir meu próprio consultório”, afirma.

De acordo com Bettina, muitas pessoas que se formaram com a dificuldade em conseguir um emprego na área, até mesmo ela, que relata ter enviado muitos currículos, mas, infelizmente, não passou em nenhum dos processos seletivos.

Isso demonstra que a juventude tem se mostrado mais determinada e persistente quando o assunto é futuro. Ir à luta não se tornou mais uma opção, na dúvida, “cria-se” uma saída, mas parado ninguém fica. As realidades são diferentes, mas o ideal é o mesmo: crescer como profissional, adquirir capacitação e poder otimizar o próprio negócio.

Texto: Mariana Patrícia
Foto: Divulgação

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