Com uma mistura entre música e terapia, a bateroterapia é
uma boa alternativa para quem deseja bem-estar no seu corpo. O baterista Gus
Conde, 39, é o idealizador do método, que foi desenvolvido em parceria com
fisioterapeutas da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles).
Com foco preferencial na terceira idade, o projeto existe
desde 2006, após um idoso procurá-lo para aulas de bateria. “Não temos um
público-alvo só, mas o pessoal com mais de 60 anos tem um benefício maior,
então focamos cada vez mais na terceira idade”, diz Conde.
A bateroterapia é baseada em quatro pilares do bem-estar:
coordenação motora e equilíbrio; foco e raciocínio; consciência corporal e alongamento;
memória. Além disso, combina exercícios rítmicos e fisioterapêuticos em aulas
praticadas gratuitamente em unidades do Sesc pelo Brasil.
O fisioterapeuta Rafael Oliveira foi um dos colaboradores
do projeto do músico e não tem dúvida sobre a qualidade da terapia. “Em uma
hora ele prende a atenção de todos e cria uma dinâmica que às vezes demoramos
em um mês dentro da clínica”.
Os interessados não necessitam exatamente do instrumento
para fazer os exercícios, pois é possível praticar o método em uma cadeira, por
exemplo.
Gus se mostra bem satisfeito com os resultados do método. “. Uma palavra que resume bem isso para mim é ‘realização’”. Mesmo que a pessoa aplique uma pequena porcentagem do que é ensinado, essa aprendizagem já conta no dia a dia. Ouço várias vezes que, após as sessões, eles conseguem subir escada sem corrimão e executar tarefas diárias que antes não realizavam”, conclui Conde.
Texto: Daniel Faria
Foto: Divulgação
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