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Clínica de Odontologia oferece tratamento para pessoas com necessidades especiais

Os alunos do quarto ano da UNISANTA se emocionam nesses atendimentos, que ocorrem a cada quinze dias



 A cada quinze dias, mais de 100 alunos do quarto ano do curso de Odontologia da UNISANTA dedicam sua noite para cuidar de pessoas com necessidades especiais. São atendidos, em média, 500 pacientes por dia. Os atendimentos são longos, e é nítido o carinho trocado entre dentista e paciente dentro do programa COI (Clínica Odontológica Integrada), implementado há doze anos. “O que acontece aqui não tem preço. Há crianças aqui que estão com a gente desde que a clínica abriu, há mais de 10 anos. Então já são como uma família”, afirma Rosângela Flores, coordenadora do curso de Odontologia.

Emoção e felicidade são percebidas desde a recepção, geralmente lotada, onde os pacientes esperam seus dentistas com muita expectativa. A estudante Yasmin Tatico, explica como funciona a COI: “A gente faz todo tipo de tratamento que o paciente precisa, desde cirurgias até procedimentos mais simples”.

A clínica fica no segundo andar do prédio da Rua Cesário Mota, número 8. São 80 boxes, equipados com todo o ferramental necessário, onde os alunos se instalam e recebem a orientação de um professor. Eles são divididos em duplas, como explica Rosângela. “E às vezes nem a dupla dá conta. Precisa de uma terceira pessoa para poder conter uma perninha que quer chutar o dentista, uma mãozinha que não para quieta, mas faz parte”, conta.

Mesmo com todas as dificuldades, o sorriso e o brilho nos olhos fica evidente em todos. “Como são pacientes que vêm aqui e às vezes não estão com muita confiança na gente, sempre temos que tratar eles da melhor maneira possível. Se a gente trata um paciente 100%, com eles temos que tratar 200%”, comenta o estudante Lucas Roque, que teve a oportunidade de atender uma das pacientes mais conhecidas do consultório, Juliane Guimarães. Ela fica sempre muito feliz ao saber que vai ao dentista. “É um passeio pra ela. É sempre um divertimento. Todos tratam ela muito bem aqui. Eles adoram também”, conta a tia Rute Guimarães.

A aluna Ana Caroline Serrão, tem um irmão especial. Por saber o quão difícil é lidar com um paciente como ele, ela não acreditava que essa aula mudaria sua formação como dentista. “Eu achava que a gente não ia conseguir ajudar ninguém. Mas aí, tendo esse contato com os pacientes e com as mães deles, a gente aprende a ver odontologia não como dinheiro, e sim como aquela criança ou aquele adulto que estava com dor e que vai sair dali agradecido. É muito especial”, afirma.

Texto e Foto: Lucas Campos 

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