Os
alunos do quarto ano da UNISANTA se emocionam nesses atendimentos, que ocorrem
a cada quinze dias
Emoção e felicidade são percebidas desde a
recepção, geralmente lotada, onde os pacientes esperam seus dentistas com muita
expectativa. A estudante Yasmin Tatico, explica como funciona a COI: “A gente
faz todo tipo de tratamento que o paciente precisa, desde cirurgias até procedimentos
mais simples”.
A clínica fica no segundo andar do prédio da Rua
Cesário Mota, número 8. São 80 boxes, equipados com todo o ferramental
necessário, onde os alunos se instalam e recebem a orientação de um professor. Eles
são divididos em duplas, como explica Rosângela. “E às vezes nem a dupla dá
conta. Precisa de uma terceira pessoa para poder conter uma perninha que quer
chutar o dentista, uma mãozinha que não para quieta, mas faz parte”, conta.
Mesmo com todas as dificuldades, o sorriso e
o brilho nos olhos fica evidente em todos. “Como são pacientes que vêm aqui e
às vezes não estão com muita confiança na gente, sempre temos que tratar eles
da melhor maneira possível. Se a gente trata um paciente 100%, com eles temos
que tratar 200%”, comenta o estudante Lucas Roque, que teve a oportunidade de
atender uma das pacientes mais conhecidas do consultório, Juliane Guimarães.
Ela fica sempre muito feliz ao saber que vai ao dentista. “É um passeio pra ela.
É sempre um divertimento. Todos tratam ela muito bem aqui. Eles adoram também”,
conta a tia Rute Guimarães.
A aluna Ana Caroline Serrão, tem um irmão
especial. Por saber o quão difícil é lidar com um paciente como ele, ela não
acreditava que essa aula mudaria sua formação como dentista. “Eu achava que a
gente não ia conseguir ajudar ninguém. Mas aí, tendo esse contato com os
pacientes e com as mães deles, a gente aprende a ver odontologia não como
dinheiro, e sim como aquela criança ou aquele adulto que estava com dor e que
vai sair dali agradecido. É muito especial”, afirma.
Texto e Foto: Lucas Campos
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