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Santistas buscam soluções para ganhar dinheiro



Com a economia ruim das pernas e a taxa de desemprego subindo cada vez mais entra em cena o jeitinho brasileiro. Trabalhadores do país buscam no trabalho por conta própria, um meio de ganhar dinheiro e sobreviver à crise que já vem desde 2014. Um exemplo disso é a santista Priscila Varela, moradora do morro da Vila Progresso, que fez da culinária, seu hobby, uma fonte de renda.

Com isso as pessoas que visitam o morro além de conhecer o local mais alto da cidade e apreciar uma vista privilegiada, também têm a oportunidade de experimentar sabores, geralmente agradáveis como bolos de pote, saladas de fruta, todos feitos com todo carinho pela cozinheira.

Ela conta que como o o acesso ao bairro é difícil e o transporte público algumas vezes é ineficiente, muitas pessoas preferem comprar com ela ao invés de descer e pagar as vezes até mais caro. “Tenho muitos clientes aqui em baixo e também lá em cima, as vezes preciso até pedir para o meu marido me ajudar com as entregas”.

O ritmo da produção dos doces varia bastante. Segundo ela, vale mais a pena trabalhar de segunda a sexta-feira, já que aos finais de semana a procura é pouca.

O carro-chefe são os bolos de pote, comercializados em diversos sabores. Os mais vendidos são os de chocolate, prestígio e leite ninho. Além disso, o sabor paçoca também está entre os mais procurados.
As saladas de frutas também estão no cardápio e começaram a ser vendidas para os clientes de uma empresa onde trabalha o cunhado. “Os que não gostavam de bolo perguntavam para o meu cunhado, se havia salada de frutas. Daí eu resolvi aprender e comecei a fazer”, diz a moradora. Os produtos são vendidos por R$ 5,00 e também são comercializados nas redes sociais.

Priscila não está sozinha nos quitutes de Vila Progresso. A estudante Mariana Cavalcante dos Santos de 18 anos é praticamente uma concorrente. Ela conta que sempre gostou de fazer doces. Desde os 10 anos, ajudava a vizinha na cozinha com bolos e comidas. “Eu a olhava fazer os doces e comecei a gostar e não parei mais”.

Mariana mora com os pais e conta com apoio do irmão mais novo, que contribui para a venda dos produtos. “Como para fazer bolo você precisa sujar panelas, talheres e outros utensílios, a minha mãe não gosta que eu fique fazendo sujeira na cozinha, assim quando ela não está, eu aproveito, faço e depois limpo tudo rapidinho”.

Além dos bolos grandes, ela também oferece trufas e cones recheados que também têm muita procura. Mariana estuda Administração em uma faculdade de Santos, mas conta que seu sonho é fazer um curso de gastronomia e montar o próprio negócio


“Eu gostaria de abrir minha própria confeitaria, mas não em Santos. Meu desejo é ir para São Paulo. Sempre ouço as pessoas dizerem trabalhe com o que gosta e não terá que trabalhar um dia sequer na vida”, diz a estudante. A divulgação dos produtos é feita pelas redes sociais e por meios de parentes e amigos.

Texto: Alex Ramos
Foto: Arquivo Pessoal 

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