Elencar as profissões de risco já
é um trabalho perigoso. Elas são
tantas, tão variadas – contando
inclusive algumas realmente inacreditáveis – que não se
encaixam em nenhum padrão.
Uma delas é exercida pelo Marcos Takashi, de 54 anos, que é técnico de
limpeza de janelas. Ele fica pendurado do lado de fora de edifícios, apenas com
cabos, praticamente suspensos no ar. Uma profissão extremamente perigosa, ainda
mais se executada em edifícios altos como o Praiamar Corporate,
localizado em Santos. O empreendimento conta com 26 andares e é revestido quase
100% por janelas.
“Nem a vista compensa”, afirma Marcos. Mesmo com o mar no horizonte e
dos anos de experiência e costume, o profissional admite que o frio na barriga
é constante. “Já passei por inúmeros momentos de tensão, mas graças a Deus
ainda estou por aqui. Sempre verifico mais de uma vez os equipamentos de
segurança. Não pode bobear,”. De acordo com ele, o trabalho varia
conforme o clima.
Chuva e vento não combinam com a situação. “A minha equipe
fica sempre atenta. Se o ar começa a mudar, então é hora de descer e terminar
o serviço outro dia”.
Sobre o salário, Marcos preferiu não revelar. ‘Nunca pensei em desistir.
É claro que minha vida vale mais do que meu salário, mas sempre gostei de um
desafio e o mundo precisa de homens corajosos como eu, se não, as janelas
viveriam sujas”, brinca.
por Bruna Pavanato
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