Não é de hoje que a
crise financeira assola o povo brasileiro, porém, mesmo em meio a esse panorama
econômico desfavorável, a maioria das famílias ainda encontra meios de reservar
dinheiro pensando no futuro dos filhos.
De acordo com uma
pesquisa realizada pelo Boa Vista Serviços, divulgada em outubro deste ano,
cerca de 51% dos chefes de famílias (homens e mulheres) afirmam ter uma
poupança voltada para a vida adulta de seus dependentes.
“O dinheiro quando
aplicado corretamente se valoriza ao longo do tempo, além de ser essencial para
questões de subsistência e na compra de bens próprios no futuro. Quanto maior o
controle das finanças domésticas, menor a pressão por um trabalho árduo em um estágio
de vida que exige um ritmo menos frenético”. Assim o economista Moisés País do
Santos explicou o porquê da importância dessa reserva financeira.
Ainda de acordo com
Moisés, é essencial que além do montante, a criança seja educada economicamente
em casa. Na opinião dele, isso é fundamental para que se tornem adultos
conscientes financeiramente e preparados para terem uma vida estável no futuro.
A pesquisa da Boa
Vista Serviços apontou uma outra tendência: o crescimento no percentual de
famílias que reserva 50 reais ou mais por mês para o futuro dos filhos. Em
comparação a 2017, este número cresceu em 9 pontos e chegou à marca de 62%.
Diretora de escola,
Andréa Defillo, 48 anos, é uma das chefes de família que optou por abrir uma
poupança para sua filha logo que ela nasceu. Essa reserva foi pensada como uma
espécie de herança, algo que pudesse ser usado para eventuais imprevistos,
viagens e afins.
Andréa atribui a essa
poupança um valor educacional: “Acredito que a minha filha, vendo essa cultura
familiar, também possa ter um incentivo para que economize em um determinado
fundo e também entenda a importância de ter reservas, caso necessite para
alguma urgência”, completou.
Concordando com a
teoria tanto de Moisés quanto de Andréa, a pesquisa apontou que cerca de 85% dos
poupadores entendem que essa prática é importante também por seu fator “conscientizador”.
Desse todo, 66% aliam
essa reserva a conversas periódicas com os filhos sobre o assunto, enquanto 31%
incentivam essa educação econômica por meio de “mesadas ou semanadas”. Os 3%
restantes alegam que se apoiam nos ensinamentos escolares para que seus filhos
formem essa consciência financeira.
Texto: Andrei Zacharkow Paternostro
Foto: Reprodução/Internet
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