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A luta por uma prótese


Além de lidar com a dor da perda, quem passa pelo trauma de uma amputação tem que percorrer um caminho de muita luta até à colocação de uma prótese. Não basta o esforço físico, que muitas vezes envolve processos cirúrgicos e muita fisioterapia, há que se pensar também na questão financeira. Próteses duram, em média, de 18 meses a dois anos e são equipamentos caros. Para quem sofreu uma amputação abaixo do joelho, por exemplo, o custo de uma prótese varia de 10 a 20 mil reais. Se for acima do joelho, então, a conta pode chegar a 200 mil reais. 
Mayara Oliveira, 22 anos, que perdeu a perna devido um acidente de moto em São Vicente no ano de 2016, teve bastante dificuldade para comprar a prótese. "Eu fiz alguns eventos para arrecadar dinheiro quando sofri o acidente, mesmo estando no hospital. Alguns amigos também ajudaram, várias pessoas que não conheço também se solidarizaram. Eu comprei e foi bastante cara, custou 28 mil reais." Ela é uma das paciente do Centro de Atendimento de Amputados da UNISANTA, que tem uma equipe de professores e alunos que atua no processo de reabilitação de pessoas que sofreram amputações.
O responsável pelo Centro, o fisioterapeuta Vinicius de Moura, explica que existem diversas maneiras de o paciente conseguir uma prótese. Ele pode procurar desde centros de instituições públicas, como o hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, e o Centro de Reabilitação Lucy Montoro, em Santos, que oferecem amplo tratamento, que inclui prótese simples, quanto a rede SUS. Com o compromisso de devolver independência e funcionalidade ao cidadão, o INSS também fornece próteses e órteses, mas muitas vezes é preciso recorrer a advogados para conseguir liminares.   
Texto e foto: Raquel Pinheiro

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