O
Brasil passou por um momento diferente ao longo deste ano de 2018, a
polarização causou intrigas nas redes sociais, na vida real, com os amigos e a
família. Diversos relatos de pessoas que sofreram algum tipo de agressão verbal
ou física, além de mortes, foram noticiadas pela mídia nacional.
Segundo
a psicóloga Tainá Pedroso, com pós-graduação em Clínica Cognitiva Comportamental,
a intolerância e o preconceito vêm da nossa história, do ser psicossocial (ser
humano). Ela pontua que desde o surgimento das sociedades ocidentais, com as
noções de propriedade, acumulação de dinheiro e o consumo, a diferenciação
entre grupos começou a se acentuar.
“O
estigma, através do convívio social, vai se tornando uma identidade social. E
com isso vem crescendo o preconceito, as diferenças, mas sempre existiram. O
que ocorre hoje é que com o crescimento do desenvolvimento social e
civilizações, isso toma proporções absurdas." Completa Pedroso.
Já na
visão do umbandista, David Veronezi, político e palestrante, sacerdote da
umbanda há 10 anos – grupo que sofre preconceito e intolerância há muitos anos-.
“Os
problemas surgem quando a pessoa se coloca como dona da verdade absoluta.
Consciência de superioridade. Seja no seu trabalho, seu meio social ou
religioso. Somos seres emotivos, há um grande número de pessoas que defendem
seus ideais com demasiada vontade.” Explica Veronezi.
Apesar
de ser um país laico, no Brasil há uma denúncia de intolerância religiosa a
cada 15 horas no Brasil. E, na maioria das vezes, ela é praticada por um adepto
de outra doutrina.
Veronezi
explica que ser religioso é superior a ter uma religião. A religião é uma
espada de dois gumes. Ter o rotulo de religião e ter uma postura
fundamentalista faz com que o ser humano seja intolerante, incompreensível. É
por isso que nós estamos passando por esse momento na sociedade.
Texto: Alex Ilek
Foto: Divulgação
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