Cerca de 20 milhões de brasileiros, segundo
relatório da Organização Mundial de Saúde de 2017, possuem algum transtorno
psíquico. No Brasil, 9,3% da população é diagnosticada com ansiedade, sendo que
a doença é mais frequente entre as mulheres com menos de 21 anos de idade,
atingindo 7,7% das mulheres brasileiras. Entretanto, muitos ainda associam os problemas
psicológicos à “frescura”.
Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é caracterizado por preocupações
excessivas com situações do dia a dia, como trabalho, família e dinheiro,
superestimação dos riscos e sentimentos de incapacidade de lidar com qualquer
coisa de maneira eficaz. Para o psicólogo cognitivo comportamental Paulo Cezar
Simoni, “a identificação do transtorno acontece na presença de sintomas
ansiosos excessivos, na maior parte dos dias, por pelo menos seis meses”,
explica o profissional.
Para Simoni, o assunto está em evidência devido ser
considerado um dos males da atualidade. “A sociedade ainda não está preparada
para olhar de frente as mazelas de uma sociedade que se considera perfeita e
sem problemas” declara o psicólogo.
Muitas pessoas com esse transtorno têm consciência
de que suas preocupações ou medos são mais fortes do que o necessário, entretanto
encontram dificuldade para controlar essas reações e buscar ajuda. Com esse
objetivo, duas universitárias da Universidade Santa Cecília (Unisanta), Jéssica
Souza e Larissa Fernandes, realizaram em 2017 um documentário sobre TAG para
seu Trabalho de Conclusão de Curso.
“Hoje em dia, muito
se fala em suicídio, depressão, síndrome do pânico, ansiedade, mas nada
aprofundado. Em meio a uma sociedade acelerada, é necessário conscientizar as
pessoas sobre o assunto, que é considerado um dos males do século” afirma a
jornalista Larissa Fernandes.
Texto: Beatriz Hurtado
Foto: Divulgação
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