Considerado uma linguagem do grafite, o stencil nada mais é do que um molde vazado, ou
seja, uma lâmina de acetato recortada a laser com diversos tipos de desenhos,
escolhidos de acordo com a necessidade do tema em que se trabalha.
É bastante utilizado para aplicar uma imagem, que pode ser
composta por letras, números, símbolos, desenhos, etc. Pode ser aplicado em
diversas superfícies, curvas, planas, em madeira, tecido, papel, parede e
muitos outros lugares. Basta trabalhar com o stencil e tinta spray ou aplicar com um pincel ou uma esponja.
Muitos artistas hoje em dia trabalham com stencil e ganham a vida através dessa arte, e uma destas pessoas é
Mariana Salomão, de 38 anos, arte educadora da rede municipal de São Paulo.
Artista plástica de formação, há cinco anos Mariana decidiu
participar de uma oficina de artes para utilizar outros suportes e dialogar
melhor com seus alunos. Na ocasião, a professora foi apresentada à linguagem do
stencil e de cara se interessou pelas
artes que os moldes traziam e sua maneira simples de aplicação. “Eu acho o
stencil bem democrático, qualquer pessoa pode fazer e experimentar, isso que é
interessante”, relata Mariana.
Apesar de ser stencialista,
ela revela que a técnica tem suas limitações e, por isso, além de usar os
moldes, também finaliza suas artes com pintura a mão livre. “Muitas vezes eu
preciso encarar muros grandes e o stencil
acaba sumindo, então acabo expressando o que eu quero junto com a pintura de
mão também”, declara.
Com projetos que abordam o grafite, a educadora promove eventos na
escola onde trabalha e faz questão de mostrar aos alunos esse lado da arte de
rua como forma de manifestação, que ainda sofre certo preconceito na
atualidade.
Texto: Larissa Arruda
Foto: Mariana Salomão
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