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Plásticos no oceano são o grande desafio ambiental


Você joga lixo fora do local indicado? Pois não deveria. Sabia que a produção de plástico em todo o mundo é enorme? Segundo dados da Aliança Global GAIA, ela é e continuará aumentando: de 2050 milhões de toneladas produzidas em 2015 para 380 milhões em 2025. Isso serve de alerta para a diminuição do consumo inconsciente desse produto.

Para tentar parar o uso do plástico, um dos maiores vilões dos oceanos, foi assinado um termo pelo Ministério do Meio Ambiente. “Ele cria uma comissão composta por instituições públicas do terceiro setor para coordenar a elaboração do Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar” comenta Elisa Van Sluys Menck, que faz parte do projeto “Lixo nos Mares: do entendimento à solução” do Instituto Oceanográfico da USP.

O objetivo do Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar é prevenir e reduzir a poluição marinha de todos os tipos, especialmente a proveniente de fontes terrestres, incluindo resíduos marinhos e a poluição por nutrientes até 2025.

No mundo são consumidos cerca de 5 trilhões de plásticos e apenas 32% permanecem fora dos sistemas de coletas, e isso acaba gerando custos econômicos para todos, devido ao impacto nos oceanos e esgotos.

Para tentar fazer um uso mais consciente, as indústrias de plástico criaram o “Plastivida”, um instituto socioambiental que ativa uma rede de cooperação que integra produção, consumo e pós-consumo nas cadeias em que os plásticos estão inseridos, entre indústria e a população.

Os plásticos que são descartados inadequadamente vão parar nos oceanos e, muitas vezes, no estômago de animais marinhos, como tartarugas. Para reduzir o lixo marinho, a diretoria da União Europeia fez uma proposta que consiste no banimento do plástico em produtos descartáveis.

Para Fernanda Daltro, Head Campaigner da Organização das Nações Unidas (ONU),a solução da diminuição do uso do plástico é o desafio ambiental do nosso tempo. “O plástico é uma decisão cotidiana, de a gente usar o canudo ou o copo plástico no nosso dia a dia. A poluição plástica está em nossas mãos, nas nossas escolhas” finaliza.

Texto: Victoria Capaldo
Foto: Plastiques Dans la Mer/ Agence France-Presse

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