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Notícias falsas estouram no Brasil

A propagação das fake news foi um ponto importante e bastante comentando na eleição de 2018. Segundo levantamento da PSafe, 96% das notícias falsas foram compartilhadas via WhatsApp no período eleitoral. O Brasil é o terceiro país com maior fluxo de fake news, atrás apenas de Turquia e México. Todos os candidatos foram alvo de petardos falsos, e até os veículos de notícia caíram na rede de mentiras, disseminando algo que não era verdadeiro.

Para o sociólogo, formado em Ciências Sociais e sociologia pelo Centro Superior de Ciências Aplicadas, Luís Carlos, 46, a sociedade está passando por um momento de mudança, só que com as redes sociais, a situação toma proporções maiores. Segundo a MindMiners, mais de 30% dos brasileiros já compartilharam notícia falsa sem saber.


"A proliferação demonstra o que está internamente no cidadão brasileiro, sendo incapaz de analisar uma notícia ou proposta. Quase que no automático, ele faz o compartilhamento."

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Apesar da ampla campanha feita por cidadãos, emissoras e veículos numa tentativa de frear os compartilhamentos, a velocidade com que as notícias correm nos dias de hoje, virou uma árdua missão. É o que atenta o jornalista e chefe do Departamento de Comunicação de Peruíbe, Celso Vernizzi. "A possibilidade de colocar qualquer coisa circulando de forma rápida e muitas vezes sem a possibilidade de se checar a veracidade produz o fake.  Na visão deles, isso é "bom" e eles se aproveitam disso.  Quando a verdade vem, o estrago já foi feito."

Tanto o sociólogo quanto o jornalista acreditam que a população brasileira pode ter sofrido influência das fake news na hora do voto, apesar de todo esforço prestado. Salientaram ainda que houve manobra política, seja para o lado A ou B.

“Pela falta de senso crítico da nossa população, o movimento de massa para manobra política teve êxito. Uns obtiveram mais êxito que os outros”, declara o Luís Carlos. Vernizzi, de forma mais contida, crê que as campanhas anti inverdades conseguiram mudar o panorama, mas, principalmente por conta do tamanho do Brasil, não como gostariam.

Texto: Alex Ilek
Foto: Reprodução/Internet

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