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Perigos na arte urbana



Quem nunca admirou um grafite andando pela rua? O que quase ninguém repara é nos perigos que o artista corre ao exercer essa habilidade. Repúdio de moradores, multas e repressões das autoridades e falta de equipamentos de segurança são os principais apuros citados por muitos grafiteiros e pichadores.

Máscaras de proteção chamadas 3M, luvas nitrílicas que evitam a alergia ao fazer contato com qualquer tipo de tinta, óculos de proteção e até mesmo um calçado seguro são equipamentos que deveriam ser obrigatoriamente usado por artistas nas ruas, porém a sensação de estar livre de toda proteção faz parte da adrenalina envolvida na arte.

“Grafitar livre, sem nenhum projeto comercial envolvido é a melhor sensação que tem. É um momento de paz, lazer e é justamente quando bate aquele frio na barriga do começo ao fim por toda insegurança que corremos de estar na rua”, conta Pedro Narega, grafiteiro e produtor multimídia. Por conta do cheiro forte das tintas, teoricamente, as máscaras deveriam ser obrigatórias, porém, na emoção e na pressa de terminar rápido a arte sem ser interferido pelos policiais e donos dos muros e fechadas, nós esquecemos essa obrigação.
A Lei Federal de Crimes Ambientais, de 1998, divide os trabalhos entre pichação e grafite. 

Enquanto pichar é proibido sob pena de detenção de três meses a um ano e multa, o grafite é permitido, desde que com autorização e "objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado mediante manifestação artística". O Guarda municipal Alfredo Fontes conta que apreensões ligadas a pichações já foram mais comuns, hoje é raro. “Nos tempos atuais existem muitos projetos comerciais ligados ao grafite, as pichações espalhadas pela cidade geralmente são antigas que não foram apagadas. Hoje a arte fala mais alto”.


Locais conhecidos na cidade, como por exemplo, o emissário submarino hoje é marcado por diversos grafites, onde centenas de pessoas tiram fotos, admiram e quebram preconceitos e barreiras por ali e isso é muito importante. Porém, os riscos precisam sempre ser conhecidos por artistas e admiradores e evitados conforme leis e preservação da própria segurança.

Texto e Foto: Larissa Pedroso 

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