Lar das Moças Cegas recebe 1ª Feira da Bio.Inclusão
Dona Norma toca num casco de tartaruga pela primeira vez
A
Biologia já foi o bicho papão de muitos estudantes. Estruturas celulares,
anatomia, órgãos, diferentes tipos de ambientes... Se esse universo já não é
dos mais simples para quem conta com a visão, imagina para quem depende da
ponta dos dedos para ter um contato maior com o mundo?
Com
essa temática, o Lar das Moças Cegas recebeu nos dias 7 e 8 de novembro a 1ª
Feira da Bio.Inclusão, aberta aos alunos da instituição e ao público em geral.
Os
monitores da exposição eram estudantes de Ciências Biológicas da Unesp de São
Vicente. Sob a coordenação do professor Leandro Mantovani eles mantêm desde o
início de 2017, em um convênio com o Lar das Moças Cegas, projeto de extensão
chamado Bio.Tátil. Uma vez por semana são realizadas atividades sobre biologia
celular com os alunos da instituição, com o uso de estruturas celulares
texturizadas feitas com material reciclado e do cotidiano.
Quem
visitou a feira teve a oportunidade de tocar em cascos de tartarugas, animais
taxidermizados, réplicas de estruturas celulares e órgãos, entre outros. Também
pode sentir na palma da mão um caracol vivo.
Dona
Norma da Silva, aluna do Lar das Moças Cegas há sete anos, contou um pouco do
que sentiu em sua visita: ““Amei esta exposição. Jamais poderia sonhar em ter
esta oportunidade”. A diretora do Centro de Educação e Reabilitação para
Deficientes Visuais do Lar, Marta Valdívia, destacou a utilidade da parceria e
a ajuda que experiências assim trazem ao ensino regular dos deficientes
visuais. Já Pérola Villalobo, junto com a colega de Unesp Débora Lopes, que
iniciaram o projeto, eram a alegria em pessoas. “É muito gratificante tudo
isso” disse Débora. Para Pérola, a iniciativa põe em prática a máxima de que “a
educação é para todos”.
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