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5 mitos sobre o HIV

Desde os primeiros registros do vírus HIV, em 1977, muito se questiona porque ele é tão maléfico para os seres humanos e como, depois de tanto tempo de pesquisa e uma imensa variedade de medicamentos disponíveis, ainda não se tem uma cura para a Aids. Antes de qualquer coisa é preciso ter em mente que ser diagnosticado HIV não significa ser diagnosticado com Aids. Nem sempre é assim, pois se trata de um vírus que se não for controlado gera a doença. Além disso, o Brasil é um dos poucos países no mundo que oferece tratamento e acompanhamento gratuito por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Pensando que tanto o vírus, quanto a doença são rodeados de estigmas, a Viral se propôs a classificar os cinco mitos mais comentados pelos cidadãos na opinião do infectologista Dr Orival Silva, do Centro de Testagem, Aconselhamento, Pesquisa e Treinamento (CTAPT) - HIV / Aids do Guarujá, convidado para explicar os motivos que fazem os pontos a seguir não passarem de mitos

Nem sempre. É comum existirem parceiros "sorodiferentes",  ou então "sorodiscordantes", que são formados por uma pessoa positiva (com o vírus), e outra negativa. Segundo números constatados pela Centers for Disease Control And Prevention - CDC, uma das instituiçōes mais respeitadas em doenças transmissíveis no mundo, a probabilidade de contrair o HIV numa relação anal receptiva, que é a de maior risco, com alguém portador do vírus, é de 138 casos em 10.000 exposições, quando a relação acontece sem uso de preservativo. Na vaginal receptiva cai para 8.


Mesmo quando não havia procedimentos médicos que controlassem a transmissão da mãe para o filho, chamada de "transmissão vertical", a probabilidade de transmissão era de 25 a 33%. Hoje, a terapia antirretroviral, conhecida como coquetel, inibindo a amamentação e realizando o parto com cautela, o risco de transmissão é praticamente nulo.

O HIV é um vírus. Seu nome é uma sigla de origem inglesa que em português significa Vírus da Imunodeficiência Humana. O portador do HIV que não faz uso do coquetel ou faz de modo irregular, após cerca de seis a dez anos de convivência com o vírus terá o sistema imunológico deteriorado, ficando vulnerável a infecções que podem se tornar altamente perigosas. Uma simples gripe pode ser fatal. É nesta ocasião que o portador do vírus pode ter Aids (da sigla, também de origem inglesa, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida). Portanto, se o portador de HIV fizer o diagnóstico precocemente e fizer uso adequado do coquetel, pouco provável irá desenvolver a Aids.

Um tratamento adequeado anti- HIV exige o acompanhamento de médicos especializados, exames laboratoriais periódicos (no mínimo, duas vezes por ano) de custos elevados e o uso diário de pelo menos três medicamentos que formam o "coquetel". No entanto, no Brasil, todo o processo de do diagnóstico à retirada de medicamento é gratuito, fornecido pelo Ministério da Saúde. Os medicamentos que compõem o coquetel são proibidos de ser vendidos no Brasil, nem em farmácias comerciais. Só são encontrados no serviços especializados da rede pública.

Apesar de não existir cura para ambos os casos, a comparação é simplista e equivocada.É fato dizer que o portador de HIV que se trata adequadamente não irá adoecer por causa do vírus, mas isso só acontece se ele tomar o coquetel diariamente, sem interrupções, para toda a vida. Se para,  o vírus torna-se resistente ao coquetel, algo que não acontece com a insulina.

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