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Jornalista dribla o preconceito e vence limitações físicas

Sérgio José da Fonseca Junior é um jornalista de 37 anos, trabalha como produtor na Santa Cecília TV e nasceu com uma doença rara: artrogripose múltipla congênita, caracterizada por contraturas articulares e fraqueza muscular. A enfermidade o impossibilita de se locomover, estudar e trabalhar, como a maioria das pessoas.

Filho único de uma dona de casa e um pescador, em seus primeiros nove anos de vida, passou por muitos procedimentos cirúrgicos, com intuito de melhorar a movimentação de seus braços. Mas nem sempre as cirurgias correspondem da forma esperada e conforme a avaliação dele, não mudou muita coisa.

Essa história pode parecer triste no começo, e seria, se Sérgio José não fosse um daqueles brasileiros duros na queda. Driblando as limitações e o preconceito de parte da sociedade e de alguns familiares, jogava bola, se divertia e nunca se sentiu inferior a ninguém.

Aos cinco anos, aprendeu a escrever com a boca. “Fui alfabetizado pelos meus pais”, contou o jornalista que até os 11 anos se locomovia sentado, dando pequenos saltos com os quadris. Hoje usa uma cadeira de rodas motorizada.

Em 2007, Sergio José decidiu desbravar novos mares e escolheu ser jornalista.  Até o sexto semestre do curso, ele não redigia, mas no último ano de graduação, adaptaram um computador com auxílio de um mouse virtual, o que o possibilitou a digitar com os pés.

Depois de formado, venceu o preconceito, as limitações físicas e virou produtor de telejornal. A Santa Cecília TV adaptou todos aparatos logísticos e técnicos para recebê-lo.  “A maior dificuldade é vencer o preconceito das pessoas”.

Axel Junior


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