Fabio Peres
É perceptível: a empatia criou uma má reputação. Apesar de ser uma característica humana, a capacidade de se colocar no lugar do outro é mais complexa do que pode parecer. Pelo menos é o que garante um estudo dos psicólogos e pesquisadores ingleses Daniel Gottman David Dawkin. Para eles, as pessoas não são capazes de diferenciar os tipos de empatia, que são três: cognitiva, emocional e preocupação empática.
É perceptível: a empatia criou uma má reputação. Apesar de ser uma característica humana, a capacidade de se colocar no lugar do outro é mais complexa do que pode parecer. Pelo menos é o que garante um estudo dos psicólogos e pesquisadores ingleses Daniel Gottman David Dawkin. Para eles, as pessoas não são capazes de diferenciar os tipos de empatia, que são três: cognitiva, emocional e preocupação empática.
Em artigo publicado pela revista Edge, a dupla de pesquisadores esmiúça as características de cada um.
Empatia cognitiva: é a tentativa de enxergar o mundo pelos olhos do outro. Captar a perspectiva calçando os sapatos alheios e emular os modelos mentais que causam o sofrimento. A empatia cognitiva causa desconforto real em quem se conecta com ela.
Empatia cognitiva: é a tentativa de enxergar o mundo pelos olhos do outro. Captar a perspectiva calçando os sapatos alheios e emular os modelos mentais que causam o sofrimento. A empatia cognitiva causa desconforto real em quem se conecta com ela.
Empatia emocional: é um processo mais orgânico, Pode ser resumido pela expressão "isso poderia ter acontecido comigo". Por ser um processo emocional, é quase imediato e desconectado de processos racionais.
Preocupação empática: é o que chamamos de compaixão. É ele que move a vontade de ajudar, intervir e dar fim ao sofrimento de outrem.
Entendidos os conceitos, Gottman e Duskin explicam como eles se encaixam nas engrenagens da vida social. Os dois primeiros são mais frequentes e tem um fundo egoísta. A sensibilização, por ser imediata, acaba passando rápido. O incômodo do pedinte faminto na porta do restaurante, a revolta ao ser informado sobre um assalto pelo noticiário, a ira inevitável de saber que alguém agrediu uma criança. Em geral são efêmeros e não criam nada mais do que vontade de vingança.
Por sua vez, a preocupação empática coloca o incômodo pela dor do outro a serviço de um bem maior. É ela que permanece quando pensamos racionalmente no sofrimento alheio e decidimos intervir – não por pena, mas por senso de justiça.
É essa classificação de indignação que difere, a postura progressista de quem abraça uma causa, dos discursos de ódio que são cada vez mais frequentes.
E você, é egoísta ou altruísta na hora de sentir empatia?
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