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O lado obscuro das competições

Por Beatriz Hurtado

Entre atentados, guerras civis, corrupções e todas as infelicidades que o mundo enfrenta o esporte desde sempre é uma paixão que os povos desenvolveram para buscar alegria, reunir pessoas e apreciar os grandes talentos. Apesar das grandes façanhas que os atletas apresentam a cada competição, a linha tênue que separa a rivalidade da atrocidade está sendo ultrapassada.


Nos últimos anos, além dos desentendimentos entre torcedores, as brigas entre atletas de times rivais ou até mesmo do próprio time viraram frequentes. Muitos acreditam que essas brutalidades aconteçam somente no meio futebolístico já que é um dos esportes mais populares no mundo, entretanto está sendo presenciado em outros esportes.

No final de 2017, durante um jogo da National Football League (NFL) entre Jacksonville Jaguars e Cincinnati Bengals, dois jogadores se desentenderam e a situação terminou com trocas de socos. A briga ocorreu fora de uma jogada. Mesmo antes dos dois chegarem ao contato físico, eles já se provocavam a cada lance. Após a confusão a arbitragem puniu cada jogador com uma falta pessoal e a expulsão do jogo.

Em 2004, a National Basketball Association (NBA), testemunhava a confusão mais caótica de sua história. O Detroit Pistons recebia o Indiana Pacers para um duelo, o que ninguém imaginava era que não haveria o apito final. O que restou deste jogo foi uma lembrança negativa. Após um lance de contato, o pivô do Detroit Pistons, Ben Wallace, e o jogador do Indiana Pacers, Ron Artest, se envolveram em uma confusão que foi controlada por todos que estavam em quadra.

Após o acontecimento um torcedor que estava na arquibancada arremessou um copo plástico com refrigerante em direção ao Ron Artest, que, descontrolado, invadiu as cadeiras do ginásio e começou a agredir um fã. O mais curioso, é que o atleta não agrediu o torcedor que havia arremessado o copo. Artest foi punido, perdeu o restante da temporada e US$ 5 milhões do seu salário anual. Quatro jogadores dos Pacers foram obrigados a prestar mais de 60 horas de serviços comunitários e ainda tiveram que fazer terapia de controle temperamental.

O mundo do esporte ainda tem seu lado sombrio que transforma a magia em decepção. Professor de Educação Física há 12 anos, Maurício Gatuso (42) considera essencial acabar com esses tipos de situações envolvendo atletas. “O esporte é uma diversão e uma paixão para as crianças, os pais colocam seus filhos em clubes ou centro esportivos com o intuito de tentar afastar da maldade que presenciamos atualmente”, desabafa o professor.

Ele que acredita que esses desentendimentos prejudicam a imagem de como as pessoas vêem as competições. Para evitar confusões, as ligas esportivas estão dando punições mais severas aos atletas e torcedores, com o intuito de conscientizar os envolvidos e acabar com confusões dentro de quadra.

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