Contagens que só vão até oito,
decorar nomes de passos em francês, memorizar sequências dificílimas apenas
utilizando as mãos e ser um pássaro livre na pele de um humano.
Das coisas que só bailarinos
entendem, a única coisa que eles não aprenderam foi como não amar o balé
clássico. Quem leva consigo um sonho, sabe a dor e a alegria que é para
torná-lo real. No universo (quase paralelo) de quem se entrega para dança, não
é diferente, Sabrina Coelho que o diga.
Sabrina teve seu primeiro primeiro
contato com a dança aos 7 anos, na Escola de Bailado Municipal de Santos. “Por que você não faz um teste?”, questionou a
irmã da bailarina. E foi assim, com um simples questionamento que o destino dela
foi traçado.
“Não era um grande sonho, mas
passou a ser”, afirmou a bailarina que, de maneira despretensiosa e sem grandes
expectativas, fez de uma “atividade extracurricular”, o seu futuro.
Desde muito nova Sabrina entendeu
que a responsabilidade e a dedicação seriam seus melhores amigos. “Acho que a
disciplina é algo muito importante, em qualquer esporte que você vá seguir. E
infelizmente isso envolve abdicar de alguns momentos”.
Falando em momentos, é impossível
falar de balé clássico sem mencionar os sacrifícios pelo “shape” ideal. “É uma luta eterna pelo peso ideal. Hoje, faço um
acompanhamento com uma nutricionista, aprendi a me alimentar e entender de que
forma deveria emagrecer”.
Há quem leve anos para entender o
motivo de sua própria existência, mas com ela foi diferente. Sabrina não
imaginava o que iria se tornar. Hoje, ela conduz a própria escola de balé. Uma
meta muito desejada e que agora saiu do papel.
Com uma média de 200 bailarinos,
ela busca passar o que aprendeu quando bailarina para aquelas que estão iniciando.
Meninas que, na grande maioria das vezes, com 7 anos são como Sabrina, que
podem não fazer ideia do que o futuro reserva, mas que assim como ela podem ser
surpreendidas.
Texto: Mariana Patrícia
Foto: Arquivo Pessoal
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