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Vício silencioso


Expresso, capuccino, mocha, média, pingado, cortado ou breve não importa como o chame ou com o que misture, o café continua sendo a bebida preferida do brasileiro. Seja pelos benefícios a saúde, hábito ou para se manter acordado. Só nesse ano a estimativa é que o consumo
aumente 3,4% , segundo pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC). 

Uma xícara pequena ao acordar, outra quando chega ao trabalho e duas de tarde para aguentar a jornada, são em média quatro xícaras que a população ingere diariamente. Mas há quem ultrapasse, e muito, o consumo recomendável. Por ser uma bebida tradicional da sociedade o vício é dificilmente percebido, mas algumas consequências podem ser alertas. 

"Palpitação, insônia, ansiedade, feridas leves nas paredes do intestino (início de gastrite) dá-se devido ao excesso da cafeína, que tem ação direta com o sistema nervoso central o que pode culminar no caso de vício da substância" relata a nutricionista Ana Carolina Pacheco.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a dose máxima aceita pelo corpo são 400 miligramas, o equivalente à 4 xícaras diárias de café. Se a dose for maior, o corpo reage e em casos extremos pode provocar o aumento dos batimentos cardíacos.

Para evitar os riscos é necessário manter o equilíbrio no consumo, dosar a quantidade ingerida e evitar a mistura de bebidas com cafeína. "Quando a pessoa entende que é viciada e há um efeito colateral é importante fazer a redução do consumo de forma gradual, uma opção é misturar com leite ou chocolate diminuindo a concentração de café", explica a nutricionista.

Ela ainda apresenta outra estratégia "Manter um estilo de vida saudável, praticar atividades físicas que estimulem o cérebro e consumir alimentos saudáveis diminuí a sonolência após o almoço, tirando a sensação de precisar de algo para estar em alerta", conclui Ana.



Beatriz Pereira

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