Texto: Beatriz Monteiro Martins
Foto: Arquivo pessoal
Fazer o bem sem olhar a quem. E não importa a quem mesmo. Homem, mulher, criança, velho, cachorro, gato, natureza... o instinto de solidariedade deve estar dentro do ser vivo. A vontade de fazer algo bom sem receber nada em troca, ou melhor, receber a gratidão.
A ação social também se aplica aos animais, pois são seres mais frágeis e que, por vezes, não conseguem se cuidar sozinhos. Ou por azar do destino, cruzam com outros seres providos de maldade. Uma estimativa da Justiça Brasileira alega que o Brasil tem 30 milhões de animais abandonados. Mas, para sorte deles, existem almas caridosas que usam de seu tempo para cuidar e fazer o bem.
Uma dessas pessoas é Renan Mazuchi, engenheiro ambiental e protetor de animais no Guarujá há quatro anos. Ele resgata animais de rua debilitados, e os leva a um abrigo para que sejam castrados, vacinados e medicados contra vermes, para depois torná-los disponíveis para doação.
Segundo ele, sua inspiração para começar a ser protetor dos animais veio de outras duas protetoras, Claudia Iacomini e Marilucy Pereira. "Eu não tinha coragem de resgatar, pois não tinha condições financeiras para pagar o tratamento de todos os animais que eu encontrava. Elas já tinham, eu admirava demais a atitude e ficava alimentando a ideia".
Até que um dia, Renan resolveu arriscar. Resgatou alguns animais, levou em um veterinário para serem tratados e até deixou uma conta 'pendurada'. "Isso foi o começo. Depois, nunca mais parei. Parece que surge animal a todo instante".
Apesar de dinheiro ter sido uma questão delicada por um tempo, hoje Renan pode contar com doações de amigos que conheceu via Facebook, onde foi feita toda a divulgação de seu projeto. "Antes, eu tinha muito gasto porque tirava tudo do meu bolso. Hoje me ajudam bastante e consegui crescer meu projeto".
Esses amigos já ajudaram a quitar outra grande dívida. Renan conta que teve uma vez que gastou 8 mil reais e conseguiu pagar de pouco em pouco. "Alguns doaram 20, outros 30, outros 50 reais. O que vale é a boa ação e intenção". Rifas e eventos beneficentes também colaboram para o orçamento dos animais resgatados.
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